É uma iniciativa em que o objectivo principal é dar ao convidado a oportunidade de se divulgar e às suas obras, sem se preocupar com o número de publicações. Pode publicar, comentar, fazer apresentações...tudo o que achar que o favoreça. Tem uma semana ao seu dispôr...aproveita como entender. De Segunda a Sexta.
SÓ CONVIDAMOS MEMBROS ACTIVOS
HERMÍNIO MENDES
12 a 16 de Dezembro
Junto ao mar das incertezas
Há um país pequenino
Cheio de encanto e belezas
À procura de um destino.
Capaz de mover o mundo
Com seus braços sofredores
Lutando a cada segundo
Ainda que sobrem dores.
Capaz de ser campeão
Criando a sua glória
Com pouco faz o seu pão
Da aventura faz a historia.
Do choro faz poesia
Quando a tristeza o invade
Nos “viras” canta a alegria
Nos fados canta a saudade.
É assim o meu país
No mundo não há igual
No mar lançou a raiz
E o nome de Portugal.
Junto ao Mar das incertezas.
Herminio Mendes
PAULO FERREIRA
05 a 09 de Dezembro
MARCA DE POETA
E eis que o poeta sucumbiu
o mago das
palavras desapareceu,
cedeu há pressão
imposta pela vida
esta vida que
teimava ter um fim,
fechou os seus
olhos para sempre
deixou órfãos o
papel e a caneta,
faço da sua
escrita as minhas lágrimas
dos seus poemas o
meu luto,
com olhos trémulos
e lacrimejantes
faço uma sentida e
dolorosa despedida,
o poeta agora
partiu para o céu
com ele levou os sonhos
e fantasias,
e também a arte de
domar as palavras
o homem simples de
forte personalidade,
deixou um vazio em
toda a humanidade
os seus poemas não
voltará a escrever,
os seus
pensamentos não serão registados
não mais as suas
palavras serão poesia,
tantas palavras
que ficaram por escrever
de um coração que
transbordava de alegria,
e agora sempre que
o céu escurecer
olhamos para as
estrelas para ler a poesia,
porque o poeta não
aguento e cedeu
mas a deixou-nos
para sempre sua alegria.
LÚCIA GONÇALVES
28 de Dezembro a 02 de Dezembro
Promessa
Encontro-me contigo
Ao romper da aurora,
Naquele momento mágico...
Em que o sol se funde com a terra
Numa promessa muda, mas real
De começo de um novo dia,
Ou de uma nova vida!
Abraças-me, deixo-me abraçar.
Emocionada, sinto o bater
Compassado dos nossos
Corações em desalinho,
Quero-te tanto meu amor
E a partir desta aurora
E sem temor, caminharei contigo,
Jamais te deixarei sozinho!
Encontro-me contigo
Ao romper da aurora,
Naquele momento mágico...
Em que o sol se funde com a terra
Numa promessa muda, mas real
De começo de um novo dia,
Ou de uma nova vida!
Abraças-me, deixo-me abraçar.
Emocionada, sinto o bater
Compassado dos nossos
Corações em desalinho,
Quero-te tanto meu amor
E a partir desta aurora
E sem temor, caminharei contigo,
Jamais te deixarei sozinho!
Lúcia Lourenço Gonçalves
MAGDA BRAZINHA
21 a 25 de Novembro
EMILIA PEDREIRO
14 a 18 de Novembro
LUIZA VICENTE
21 a 25 de Novembro
“SÓ TU E EU”
Enquanto o tempo corre
E a vida passa veloz
Vou ditando memórias
Escrevendo
Rabiscando
Poetizando
Contando histórias
Sabores e sentimentos
Esquecendo resquícios de mim
Chorando e rindo
Versificando
Versos insanos
Jamais escritos
Encantos e desencantos
Procura incessante de mim
Levam-me até ti
Rebuscando o meu outro eu
Bebendo em ti
A seiva da vida e do amor
Tempo perdido
Encontrado enfim
Deixei de estar só
Deixei de andar
Amando por ai
Dia após dia
Agora finalmente
Só tu e eu…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA
Enquanto o tempo corre
E a vida passa veloz
Vou ditando memórias
Escrevendo
Rabiscando
Poetizando
Contando histórias
Sabores e sentimentos
Esquecendo resquícios de mim
Chorando e rindo
Versificando
Versos insanos
Jamais escritos
Encantos e desencantos
Procura incessante de mim
Levam-me até ti
Rebuscando o meu outro eu
Bebendo em ti
A seiva da vida e do amor
Tempo perdido
Encontrado enfim
Deixei de estar só
Deixei de andar
Amando por ai
Dia após dia
Agora finalmente
Só tu e eu…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA
EMILIA PEDREIRO
14 a 18 de Novembro
Gosto muito...
Gosto muito de gostar de mim
de te amar a ti.
Adoro a minha casa e a tua,
a liberdade linda e nua...
As flores silvestres
e os fenos dos campos.
Gosto muito dos teus cabelos,
do teu cheiro a alfazema
...da lua prateada no céu de verão,
do melro preto de bico amarelo..
Do teu sorriso apetitoso e singelo.
Gosto muito dos rochedos no mar,
do mês de julho em particular,
e do teu beijo frouxo e atrevido.
Do meu tempo de silêncio,
no cair da tarde estival,
e de risos estridentes em ociosos momentos.
Adoro a seda de tua pele,
o baile das folhas do nosso outono
...e as tempestades nocturnas....
quando tu me abraças,
Gosto de dióspiros e castanhas,
de vindimas e bom vinho,
e do pano de puro linho.
Adoro a vida em pleno
o zumbir das abelhas nos prados,
e o calor que vem dos teus sentidos.
Ainda a safira dos teus olhos me seduz,
na noite prendada de luares mágicos.
Gosto muito, muito de voar como borboleta
e de sonhar viajar na cauda dum cometa.
Gostar muito de nós dois,
e de imaginar o que vem depois.
Adoro muito gostar da simplicidade tão minha.
Emilia Pedreiro
Gosto muito de gostar de mim
de te amar a ti.
Adoro a minha casa e a tua,
a liberdade linda e nua...
As flores silvestres
e os fenos dos campos.
Gosto muito dos teus cabelos,
do teu cheiro a alfazema
...da lua prateada no céu de verão,
do melro preto de bico amarelo..
Do teu sorriso apetitoso e singelo.
Gosto muito dos rochedos no mar,
do mês de julho em particular,
e do teu beijo frouxo e atrevido.
Do meu tempo de silêncio,
no cair da tarde estival,
e de risos estridentes em ociosos momentos.
Adoro a seda de tua pele,
o baile das folhas do nosso outono
...e as tempestades nocturnas....
quando tu me abraças,
Gosto de dióspiros e castanhas,
de vindimas e bom vinho,
e do pano de puro linho.
Adoro a vida em pleno
o zumbir das abelhas nos prados,
e o calor que vem dos teus sentidos.
Ainda a safira dos teus olhos me seduz,
na noite prendada de luares mágicos.
Gosto muito, muito de voar como borboleta
e de sonhar viajar na cauda dum cometa.
Gostar muito de nós dois,
e de imaginar o que vem depois.
Adoro muito gostar da simplicidade tão minha.
Emilia Pedreiro
LUIZA VICENTE
7 a 11 de Novembro
SEGUIREI EM FRENTE
E é na Primavera da vida
Que aprendemos que nem
Tudo o que parece é...
Os dias vão passando lentamente
E eu olhando-te
Com aquele olhar
Que muitos vêem
Mas que poucos conhecem
Que sabem ler
Que mostra o que me vai na alma
Que diz tudo o que sinto
Tudo o que me vai no meu espírito
Tudo o que quero
Seguirei em frente
Caminho sempre sem olhar para trás
Sabendo que chegará o dia
Esse que não me decepcionará
Que me trará tudo o que
Sempre desejei
A concretização de sonhos e projectos
Esses que me fazem e dizem
Seguirei em frente
Corro para teus braços
Refugio-me neles
Encontro o que sempre quis
A nostalgia parte
A tristeza também
E é neste momento
Que agradeço
Ao olhar-me de frente
Olhos nos olhos
No espelho da minha alma
Quanto sou orgulhosa de mim
Do que me tornei
E sorrindo para mim
Sentindo o olhar brilhar
O amor enlaçar meu corpo
Vou e
Seguirei em frente
Sim sigo
E percorro o caminho que o destino
Traçou para mim
Este que às vezes me meteu
Em grandes encruzilhadas
Muitas sem saber
Qual direcção tomar
Mas de cabeça levantada
Seguirei em frente
Na certeza que te encontrarei
Ali ao virar da esquina
Hoje
Ou daqui a cem anos
Seguirei em frente
Autora- Luiza Vicente
LUIS CHAINHO
31 de Outubro a 4 de Novembro
Ai se o Vento Soubesse falar…
Se o vento, ao dar-te um beijo
Na face, soubesse falar,
Dir-te-ia quanto desejo
Eu tenho de te beijar!
Levava-te meus sentidos
Num sopro, todo o meu ser,
Segredava-te aos ouvidos
O que sofro por não te ter!
Eu falo de ti, ao vento
Para que te vá contar,
Esquecendo no momento,
Que ele não sabe falar!
Ao vento fresco e suave,
Quando tua boca beijar;
Pergunta – se houve milagre,
Se já aprendeu a falar?
Sem amor não há vida,
E o que sofro por amar…
Ai se ele, minha querida,
Se ele soubesse falar!...
Luís Francisco Chainho
VICENTE FARIA
Uma EstátuaOlhei-te, fria, sem alguma cor,
Sem coração, e sem ter algum brilho.
Não fora apenas seguir o teu trilho,
Perscrutando a tua alma sem dor.
Que segredo esconde a tua imagem?
Sei que és feita de mármore vulgar!
Tenho-te obcecado no meu pensar.
Não sei como fazer outra abordagem.
Não tens alma, nem brilho no olhar,
Não tens coração, nem tens sentimentos,
Não sei o que pensar nestes momentos.
Mas de uma coisa eu tenho a certeza!
Olhando a tua exterior beleza,
Vem-me o desejo de, de ti, gostar.
Vicente Faria
AUGUSTO MONTEIRO
PORQUE
Porque no meu caminho o teu odor me orienta
Numa direção onde o reinado se chama paz
E os súbitos apelidam-se alegria.
Porque o teu sorriso me embala o querer
Dando-me a força da natureza
Onde és retratada folha a folha.
Porque os teus firmes passos me falam
Mostrando-me a força de um forte seguir
E o acalento de elevada direção.
Porque me revejo nos teus gestos
Deles querendo tirar um traço de ti
Que ilumina o meu caminhar.
Porque treme o meu corpo quanto o teu se aconchega
Num rodopio de mimos e suaves toques
Em que o sussurro das palavras já é pleno.
Porque escrevo sem interrogar
O sentimento que me avassala
Sem centímetro sem quilómetro.
Então o porque não será porquê?
Porquê tudo?
Porque eu sou tu e tu és tudo
E o tudo são todos!
Augusto monteiro
CARLOS CARVALHO
10 a 14 de Outubro
MORRER PARA RENASCER
Não quero saber de mais nada,
findou a minha jornada!
O tempo se apagará,
e tudo o que foi...
jamais será!
Uma escolha afirmativa,
ficarei pois na expectativa,
do que o futuro ditará!
Hoje sinto-me incapaz,
por isso mesmo...
buscarei a minha paz...
e com ela me regozigarei!
Das minhas memórias,
tudo apagarei...
e de novo viverei!
Assim um novo ciclo...
terá inicio,
começarei do princípio,
pois das cinzas renasci,
para viver o que não vivi!!!
CARLOS VAZ DE CARVALHO
ANTÓNIO BELO
03 a 07 de Outubro
03 a 07 de Outubro
Pintei-te nua
Caminhavas airosa pela rua
E eu fiquei pasmado a olhar
Desejando que posasses nua
Numa tela que queria pintar
Eu já era teu conhecido
Sem pudores fui em tua direção
Com respeito dirigi-te esse pedido
Tu respeitosamente disseste não
Pelo vestido transparente que trazias
Só as partes mais íntimas escondias
E pude assim teu belo corpo admirar
Partiste e eu fui para casa a correr
Porque não me queria esquecer
De tanta beleza que tinha para pintar
António Belo
PAULA OLIVEIRA
26 a 30 de Setembro
Sem pensar muito no dia seguinte
Procurarei a paz e equilíbrio do meu ser
A tristeza já sufoca
A paz atormentada está
Sem forças, mas com muita vontade vou procurar meu infinito
Em algum lugar o deixei escrito, para não me perder e logo que o encontre
de novo voltai a viver equilibrada...
Deixar de esconder o meu verdadeiro ser. ....
PC_SO
AIDA MARQUES
19 a 23 de Setembro
SILÊNCIOS...
Silêncios que são palavras
Que tudo dizem na boca calada
Ou anónimos sorrisos
Que em lábios cerrados
Choram tristezas,
São versos cantados
De ilusões perdidas
Sem música e rimas
São braços erguidos
Da alma esgotada
Num abraço frenético
Apertando o nada...!
Aida Maria (Aida Marques)
IRENE CONDE
12 a 16 de Setembro
NINGUÉM É PERFEITO
Por onde andará, gente imperfeita como eu
Gente que erra e se assume sem arrogância
Que quer aprender no livro que ninguém leu
Esse livro da vida que nos ensina a tolerância
Quem não errar, não é certamente humano
Que neste mundo cruel não existe perfeição
Julgar alguém, é manobra de um ser profano
De peito inchado com essa ufana presunção
Somos aprendizes nesta vida que é tão curta
Que a devemos viver com amor e humildade
Sabemos bem que à morte ninguém se furta
Respeitemos então em cada um sua liberdade
Irene Conde
Que neste mundo cruel não existe perfeição
Julgar alguém, é manobra de um ser profano
De peito inchado com essa ufana presunção
Somos aprendizes nesta vida que é tão curta
Que a devemos viver com amor e humildade
Sabemos bem que à morte ninguém se furta
Respeitemos então em cada um sua liberdade
Irene Conde
MARY HORTA
PERFUMASTE DE ROSAS ...
Amor ! perfumaste de rosas o meu colo...
trouxeste a ternura dos dias calmos e serenos
da Primavera......
Enfeitaste as minhas manhãs com cheiro de amoras...
trouxeste a saudade do passado e vieste, de mansinho,
dar luz e ternura ao meu olhar e colheste o meu sorriso
de rosas perfumado...
Amor ! perfumaste de rosas o meu colo...
trouxeste a ternura dos dias calmos e serenos
da Primavera......
Enfeitaste as minhas manhãs com cheiro de amoras...
trouxeste a saudade do passado e vieste, de mansinho,
dar luz e ternura ao meu olhar e colheste o meu sorriso
de rosas perfumado...
Amor ! que a manhã te traga e o sol te lembre
que também há muito amor na luz ténue da
madrugada e que as tuas e minhas rosas,
hão-de florir sempre na alvorada dos dias breves
e solenes que estão para chegar...
MARY HORTA
que também há muito amor na luz ténue da
madrugada e que as tuas e minhas rosas,
hão-de florir sempre na alvorada dos dias breves
e solenes que estão para chegar...
MARY HORTA
ANTÓNIO HENRIQUES
25 a 29 de Julho
É NO SILÊNCIO
É no silêncio...
Das palavras que não dissemos
Dos beijos que não demos
Dos olhares que não trocamos
Das carícias que não fizemos
Que o meu amor por ti
É mais forte, mais puro, mais belo
É no silêncio
Que por ti, choro, imploro
E devagar vou morrendo
Sempre à tua espera
No silêncio
Meu amor
António Henriques
FRANCISCO GALVÃO
18 a 22 de Julho
PÁSSARO DE ESPERANÇA. Voas alto como a esperança!
Com teu leque de plumas,
Em tuas asas a bonança,
Sobre mares de espumas.
Voa pássaro da eterna solidão!
Pelos horizontes sem fim,
Encontras no voar tua paixão,
Traz notícias de volta p`ra mim.
Voa pássaro da primavera!
Com as rosas por companhia,
São teus voos de quimera,
Que me deixam em agonia.
Voa pássaro de sentimentos!
Em teu bico uma linda flor,
Lutas sempre contra o vento,
Em busca dum grande amor.
Voa pássaro da saudade!
Para os confins da ilusão,
Leva em tuas asas a vaidade,
Traz de volta a compaixão.
Voa pássaro da felicidade!
Em busca de primaveras,
Teu lindo canto de vaidade,
Entoa pelos vales e serras.
Francisco Galvão.
ALFREDO BATISTA
11 a 15 de JULHO
" Estrela Cadente "
Todas as noites vejo aquela estrela
Tem um brilhar que vem direito a mim
Pai, sei que estás aí
Que me segues para onde eu for
Me proteges sempre com o mesmo amor
De quando estavas aqui
Sei que és a estrela
Que ilumina o meu caminho até ao fim
Tenho tantas coisas para te contar
Mas não é preciso
Tu vês todo o meu caminho
Sabes tudo como sempre
Guardas o teu menino
És a minha estrela cadente
Sempre presente e atento
Ao meu destino
Ambos temos um segredo
Que nunca vou revelar
Tal como te prometi
Pai, sinto tanto medo
Agora que não estás aqui
Sinto-me frágil
Sinto uma grande tristeza
Parece que o mundo vai acabar
Queria tanto acreditar
Queria tanto ser feliz
Sinto-me vulnerável
Nem as palavras que te escrevi
Me deram alento
Não quero ser pessimista de momento
Mas algo me diz
Que os sonhos não duram para sempre
Acordamos e pronto
Tudo volta ao momento
Em que deixamos de sonhar
E acordamos
Esta vida que tanto nos faz passar
Pelos testes mais Exigentes
Sem razão porque os temos de passar
Se o amor faz feliz um coração
Porque será
Que levamos a vida
A sonhar!!!
Alfredo Rodrigues Batista
MATOS SERRA
04 a 08 de Julho
ANSEIOS DE LIBERDADE
Quem me dera ser ave e que voasse
para atingir, em voos, os altos montes…
ou fosse um fresco vento que passasse,
a visitar, do céu, as frescas fontes.
Ser um cavalo alado que pairasse
e, sobre os rios, olhasse as velhas pontes…
ou ser como uma nave que sondasse,
lá do alto, longínquos horizontes.
No que é preciso ver não ter fronteiras,
ser a águia com asas na razão,
voar pelos caminhos da verdade…
galgar todos os muros e as barreiras
a pôr no meu caminho obstrução
aos meus vastos anseios de liberdade !....
Matos Serra
e, sobre os rios, olhasse as velhas pontes…
ou ser como uma nave que sondasse,
lá do alto, longínquos horizontes.
No que é preciso ver não ter fronteiras,
ser a águia com asas na razão,
voar pelos caminhos da verdade…
galgar todos os muros e as barreiras
a pôr no meu caminho obstrução
aos meus vastos anseios de liberdade !....
Matos Serra
CARMEN MARQUES
27 de Junho a 01 de Julho
TITULO: VOCES SÃO ESPECIAS NA MINHA VIDA
DE POETIZA
Numa semana convosco estive
vivi um sonho inesquecivel!
Partilhar com todos vos foi
uma alegre experiencia
vivida neste universo de Poesia!
O Vosso carinho e apoio tornou-me
mais feliz nestes dias,pois senti
que em cada dia algo eu tinha
a partilhar de mim a minha alma
e coração eternamente vai ficar
recordando todo carinho na
minha ditosa vida pois para
além da Poesia senti que amigos
ganhei para o resto da minha vida!
AUTORA:CARMEM MARQUES
MARIA ELISA RIBEIRO
20 a 24 de Junho
Grita a Terra, desesperada, quando é Hora
de ser semeada.
Chegou o tempo das flores e de todos os amores,
floridos e em ramadas,
nos caminhos e dos socalcos de qualquer ravina inclinada.
Foi-se o Inverno frio, choroso, doloroso
e tornam os dias de alegria, na ponta das silveiras bravas
que produzem amoras, de saudáveis cores.
Num cio desesperado, abre-se a boca da Terra!
Despertam as sementes, enterradas nos sulcos profundos
e ,numa guerra florida, grávidos de amor, os campos
aclamam a nova vida-da-Hora-de-produzir.
Terra-Mulher-a-Ser-no-momento-de-se-Dar!
Densas corolas macias abrem a boca para o Sol.
Desfazem os cabelos, ao fogo que as desperta,
e oferecem seus sucos aos insectos-em-espera.
Até os filhos das rochas ganham alma de humanos
e erguem os braços ao alto, a bendizer as montanhas!
Uma língua desconhecida ecoa pelos ares quentes!
Não sei identificá-la…mas sei que me roça os ouvidos,
ao perder-se nos meus sentidos…
Lembra-me o sussurro-cício, despercebido e em tom vago,
com que, nas noites de Lua, me falam teus olhos perdidos
nas águas de um imenso lago.
Confusos, como as florestas perdidas de amor pelas urzes e giestas numa cama de salva e rosmaninho, rasgamos a verde espessura do cio-dos-campos e penetramos no matagal bravio, por atalhos enviesados-de-nós, perdidos em ondas de carinho, como fazem os linhos a nascer e as uvas a maturar. São maduros, os frutos de aromas intensos que o silêncio das sombras te põe nas mãos, quando a floresta estremece de plena satisfação, na Hora-do-prazer-da-Terra…
E, num cio desesperado, abre-se a boca do mundo a um sexto sentido, que em nós se tornou um segredo sagrado…
Maria Elisa Ribeiro-Portugal
SUSANA NUNES
13 a 17 de Junho
AS MINHAS MÃOS BEIJAM AS TUAS
As minhas mãos beijam as tuas
Sempre que às tuas, se dão...
Eternizam-se no quedar dos braços
Entregam-se genuínas e nuas
Na pele do abrir das tuas...
Aí, entrelaçam-se...
Como se fossem corpos
E na ponta dos dedos
Crescem desejos
Como se fossem sexos
As minhas mãos beijam as tuas
Sempre que às tuas, se dão...
Secretas e húmidas
Lavradas em palavras ousadas
Soltas e avermelhadas
Neste enlaçar de união
No entardecer das tardes
No alvor das madrugadas
Desprendo as minhas mãos das tuas
De suor das nossas coladas
E serenamente
Bordo-as
Leio-tas amadas
Como num conto de fadas...
As minhas mãos beijam as tuas
Sempre que as tuas se dão
Susana Nunes
Sempre que às tuas, se dão...
Secretas e húmidas
Lavradas em palavras ousadas
Soltas e avermelhadas
Neste enlaçar de união
No entardecer das tardes
No alvor das madrugadas
Desprendo as minhas mãos das tuas
De suor das nossas coladas
E serenamente
Bordo-as
Leio-tas amadas
Como num conto de fadas...
As minhas mãos beijam as tuas
Sempre que as tuas se dão
Susana Nunes
MILA LOPES
06 a 10 de Junho
O BEIJO DA ALMA
Com os olhos da alma
Vejo recordações
De momentos da minha vida
As palavras que escrevo aqui
São por mim sentidas e amadas
O beijo da alma
Pinceladas e palavras
Desenho e pintura
Imagens do meu mundo real e irreal
É que eu vejo e sinto com amor
Palavras por mim sentidas
São dons que recebi
Verdades nuas e cruas
São palavras guardadas no coração
Que escrevi com emoção.
Direitos de @utor reservados
Mila Lopes
Mila Lopes
NUNO GARCIA
30 de Maio a 03 de Junho
Procuro refúgio além das fantasias,
Em teu peito encontro a serenidade,
Nos teus beijos doces a saudade,
A vontade de receber e dar alegrias.
Aos céus minha alma se eleva,
Na esperança de ouvir o teu coração,
Vejo a beleza de uma roseira brava,
A liberdade no voo dum falcão.
Espero uma doce palavra amada,
Imensa de significado, pequena de tamanho,
Ouço o som dela, merece ser cantada.
Nuno Garcia.
Na esperança de ouvir o teu coração,
Vejo a beleza de uma roseira brava,
A liberdade no voo dum falcão.
Espero uma doce palavra amada,
Imensa de significado, pequena de tamanho,
Ouço o som dela, merece ser cantada.
Nuno Garcia.
LENEA BISPO
23 a 27 de Maio
................
E eu...
eu sou a falésia!
Não a rocha sólida
que pareço.
Sou frágil,
rachada pela erosão
do tempo.
Bocados de mim,
beijada por ti
se desfazem em areia,
na areia...
Tu...
tu és forte, inabalável
apesar de rasgado por quilhas
de naus e caravelas
que , despudoradamente,
te esquadrinham!
Nos sulcos fundos
que elas lavram
eu me atiro em pensamentos
me deixo, por ti, tapar,
e envolver em ternura
de espuma de mar.
LB
tu és forte, inabalável
apesar de rasgado por quilhas
de naus e caravelas
que , despudoradamente,
te esquadrinham!
Nos sulcos fundos
que elas lavram
eu me atiro em pensamentos
me deixo, por ti, tapar,
e envolver em ternura
de espuma de mar.
LB
ROGÉRIO BECHO
16 a 20 de Maio
Doce caminhar
Se caminhar seguro
Sem pressas no andar
Não há vala nem muro
Que me consiga parar
Meus horizontes voam
Com mil sois a brilhar
Os pensamento se povoam
Da riqueza do teu olhar
Estrela doce da madrugada
Luz... vives na minha mente.
Contigo sigo a caminhada
Sorrindo feliz e contente
Sem sonhos doces... belos
Preferindo a realidade
Tocar ao de leve teus cabelos
Assim caminho em liberdade
E se teu coração conquistar
Acredita nada me vai parar.
R.B.
MARIA SANTOS ALVES
09 a 13 de Maio
O NAVEGAR…
Onde há sal e mar…
Se não nos meus olhos.
Não fossem os versos
uma nau inventada,
reflexo de um sol
num búzio prata.
Não fossem as pedras,
sangue de rosas voltadas.
e a vida, a fome
de um tempo sem rimas.
Não fossem as palavras…
E já o poema não teria
o sabor do vento,
nem eu ouviria…
O bater das ondas
a espraiar-se no peito.
Ah. Todas as conchas
acenam asas brancas
e o poema navega
no sal e mar dos meus olhos.
Como é doce o sal na boca,
Como é doce o doce fingimento.
Maria dos Santos Alves
uma nau inventada,
reflexo de um sol
num búzio prata.
Não fossem as pedras,
sangue de rosas voltadas.
e a vida, a fome
de um tempo sem rimas.
Não fossem as palavras…
E já o poema não teria
o sabor do vento,
nem eu ouviria…
O bater das ondas
a espraiar-se no peito.
Ah. Todas as conchas
acenam asas brancas
e o poema navega
no sal e mar dos meus olhos.
Como é doce o sal na boca,
Como é doce o doce fingimento.
Maria dos Santos Alves
JORGE PINCORUJA
02 a 06 de Maio
Quando te desnudas, visto-me eu com o teu desejo ...
E entre todas as sombras que tombam nos nossos braços há um farol aceso nas falésias.
Quando te desnudas, descem no olhar todos os sois poentes que o horizonte já possuiu ...
E nesta nudez de mãos há todo um aplauso de paixão.
Quando te despes, em mim há sedas fluviais que se rasgam nas profundezas de ti.
Quando a voz emudece canta alto o coração
Quando te desnudas visto-me eu das cores que abençoam os pavões
Quanto mais não seja para te fazer luzir no olhar os gritos das estrelas cadentes
Quando te desnudas venus incendeia-se ao rubro ....
Depois com a madrugada chegam os cisnes, cansados de outros voares ...
E entre todas as sombras que tombam nos nossos braços há um farol aceso nas falésias.
Quando te desnudas, descem no olhar todos os sois poentes que o horizonte já possuiu ...
E nesta nudez de mãos há todo um aplauso de paixão.
Quando te despes, em mim há sedas fluviais que se rasgam nas profundezas de ti.
Quando a voz emudece canta alto o coração
Quando te desnudas visto-me eu das cores que abençoam os pavões
Quanto mais não seja para te fazer luzir no olhar os gritos das estrelas cadentes
Quando te desnudas venus incendeia-se ao rubro ....
Depois com a madrugada chegam os cisnes, cansados de outros voares ...
Jorge Pincoruja
CLARA PAULO
25 a 29 de Abril
O LAÇO É AZUL
O laço é azul, não da cor das flores!
É da cor inevitável da dor!...
Da dor que corrói copinhos e mentes...
O azul que marca a vida de pequeninas gentes...
E os corpinhos indefesos de azul ficam tatuados,
E perdidos na dor para sempre ficam marcados!...
Suas lágrimas não têm cor!
Deambulam pelos rostinhos a suplicar amor...
É urgente apertar o azul do laço!
É urgente proteger com um colorido abraço!...
É urgente dar o nó e acabar com o cansaço!...
Segurar vidas indefesas no aconchego dum regaço...
É urgente defender esta pequena gente!...
É urgente devolver-lhes os sonhos perdidos!
Acabar com tantos dias sofridos!
Acabar com tantos caminhos interrompidos!
E devolver o brilho dos olhos já escondido!...
E plantar nesses olhares a esperança...
Devolver-lhes a confiança...
E com o laço azul vamos perpetuar esta aliança...
Clara Paulo
Vítor Costeira
18 a 22 de Abril
apenas para te dizer que o esquecimento
não tem molde de fabrico para as minhas mãos
e não é a cor da tinta
com que eu gosto de escrever o teu nome
nos bilhetes e cartas que não recebes de mim!"
QUEM PROCURAS TU, NO ALÉM DE MIM?
Onde estás tu, quando não estás?
De que parte de mim te ausentas tu,
quando o teu olhar vago
busca algo que está além de mim,
em direcção a outro algo
que eu desconheço?
Onde estás tu, quando o teu olhar,
desembainhada espada, me trespassa,
como se eu fosse nevoeiro,
fina e vulnerável neblina,
e vagueia entre algo depois de mim
e um imenso nada
que, eu prefiro pensar,
que assim seja?
Ou será que sou eu esse imenso nada
e tens que olhar além
para que encontres algo ou alguém
que preencha vazios,
que adoce sorrisos
e te dê motivos
para deixares de olhar?
Onde vais tu, quando não estás?
Que partes de ti aqui ficam
para que me distraiam o olhar
e não veja que não estás,
sempre que me procuras
em quem me é alheio?
Quem procuras tu, no além de mim?
Autor: Vítor Costeira
LEONOR SALGUEIRO
11 a 15 de Abril
Lágrimas , Meu Amor
Preciso de estar junto de ti
Acalmar a minha dor
Por este tão grande e louco amor
Supliquei que voltasses de novo
Sonhava em ter-te ao meu lado
Onde descrevias frases sentidas
Sonhava que vivíamos fantasia
Onde me pedidas para te beijar
Uma vez mais
Repetíamos nossos beijos
De tão louca paixão
Amparavas-me nos teus brancos
Mas tudo não passou de ilusão
Não quero
Que este sonho termine
E não quero acordar
Deste sono profundo
Pois só te desejo amar
A sonhar posso tudo
Sem nada lamentar
Sonhar que também me amas
Que me desejas amar
Autora Leonor Salgueiro
ARMINDO LOUREIRO
De 04 a 08 de Abril
Vou ver se aprendo a sorrir
Para vos tentar encantar
Nos Sorrisos Nossos quero sentir
Que o que faço é de se amar
Agradeço o vosso carinho
Neste cantinho do céu
Por me dardes este miminho
Para eu aqui pôr tudo ao leu
Vou desfrutar desta estadia
Da melhor forma que sei
Dar-vos algo com alegria
Daquilo que em mim amei!
Armindo Loureiro
SILVINA RIBEIRO
28 de Março a 01 de Abril
Sou. Quem?O Poema sempre por dizer.
Porque quero fazer a verdade valer.
Porque quero fazer ouvir a voz da inocência.
Porque nada é mais puro do que a infância.
O Poema sempre por escrever.
Porque tudo o que nasce há de vencer.
Na união, na paz, na persistência do dever.
O Poema sempre incompleto.
Quando meu íntimo pressente o alvor
De uma luz florida num dia ansioso pelo Amor.
Silvina Ribeiro
Porque tudo o que nasce há de vencer.
Na união, na paz, na persistência do dever.
O Poema sempre incompleto.
Quando meu íntimo pressente o alvor
De uma luz florida num dia ansioso pelo Amor.
Silvina Ribeiro
JOSÉ CARLOS MOUTINHO
21 a 25 de Março
Páscoa...AleluiaÉ uma época especial de amor, solidariedade e partilha!
Que não se façam ouvidos moucos às palavras de bondade;
Que não se fechem os olhos às misérias deste mundo;
Que se abram os braços para acolher quem sofre
E se abram as portas para que entrem os que têm fome!
Que voem pombas brancas de paz,
Sobre esta escuridão de maldade!
Que os homens reflictam,
No exemplo de Jesus para demonstrar o amor,
O sofrimento e o perdão!
Deixemos para trás a inveja e o despeito,
Sejamos francos e amigos!
Festejemos esta Páscoa de 2016, como única e eterna,
De igualdade fraterna entre todos!
Pensemos na Páscoa, como um fenómeno milagroso,
De fé, abnegação, amizade e amor!
Aleluia irmãos...
Confraternizemos em Jesus, nosso Salvador,
Com humanidade atingiremos o cume da paz,
Chegaremos ao apogeu da felicidade!
Aleluia, em Jesus Ressuscitado,
Aleluia, humanidade,
Aleluia, aleluia a todos de Boa-fé e Esperança.
José Carlos Moutinho
ALCINA VIEGAS
14 a 18 de Março
DEPOIS DE TI
Depois de ti, é nada,
apenas vazio e fria madrugada,
primavera que não chegou a florir,
sorriso que se cansou de sorrir.
Poema de amor inacabado,
um livro que reli e foi fechado,
rio que secou e não chegou ao mar
e saudade a morar no meu olhar…
Do passado , um amor emudecido,
que desejo esquecer e não consigo!
Amar uma outra vez ? Não poderia,
porque depois de ti,
fiquei só eu, e a minha poesia!
©alcina viegas
LUÍS FARTO
07 a 11 de Março
O que hoje tenho para vos dizer
B eneficiando do estatuto de convidado
R esulta no que agora vou escrever
I nformando-os que fiquei maravilhado
G uardarei para sempre esta semana
A té que a memória se possa lembrar
D esculpem o termo, para vós gente «bacana»
O brigado pelo convite para participar
A prendi muito com vocês
D esde o primeiro ao ultimo dia
M mesmo sem saber os porquês
I nspiravam-me naquilo que escrevia
N ão poderia deixar de agradecer
I ndependentemente de escrever bem ou mal
S ei que vocês irão entender
T ermina assim a semana…ponto final !
R esolvi agradecer desta maneira
A crosticamente para terminar
D esejando-vos de uma forma verdadeira
O melhor que a vida tenha para vos dar
R ecordem-me pelos melhores motivos
E spreitem de vez em quando os meus poemas
S erei feliz com os vossos Sorrisos!
Luis Farto
ANA MATIAS
29 de Fevereiro a 4 de Março
Mar de Prata
Brilho que reflete
Os raios-solares
Mareando na imensidão
Dum horizonte sem alcance
Mar de prata
Branco,
Como pedras-preciosas
A esculpir em braçadas,
Abraços,
Num corpo,
Que não se entrega
Atrai, seduz…
Trai…
Brilhando,
Mar chão, enganador.
Pegadas atrevidas
Vão e voltam…
Na sedução
Dum desejo
Metal precioso
Dum beijo!
Ana Matias
JOSÉ FERNANDO MENDONÇA
22a 26 de Fevereiro
TRAIÇÃOas minhas lágrimas
secaram
sinto que me queimam
por dentro
mas não verás
um dia vou dizer-te:
os amigos não traem
então talvez voltes a ver
as minhas lágrimas
mas não verás
a minha tristeza
josé mendonça
MIsabel Machadinho
15 a 19 de Fevereiro
NOSSOS!
Nossas mãos, um vasto mundo
Onde habitamos
Nossos olhares, um exalar profundo
Onde nos deleitamos
Nossos corpos, um voluptuoso mar
Onde navegamos
Nossos abraços, um cais para atracar
Onde espraiamos
Nossa ternura, uma estrela cintilante
Para onde olhamos
Nosso carinho uma saudade presente
Onde nos quedamos
Nossa cumplicidade, um reino distante
Para onde fugimos
Nosso carinho um luar reluzente
Onde brilhamos
Nosso querer, um encantador jardim
Onde nos sentamos
Nosso amor, uma verdade sem fim
Onde nos perdemos
//…,M.aria I.sabel M.achadinho
Onde habitamos
Nossos olhares, um exalar profundo
Onde nos deleitamos
Nossos corpos, um voluptuoso mar
Onde navegamos
Nossos abraços, um cais para atracar
Onde espraiamos
Nossa ternura, uma estrela cintilante
Para onde olhamos
Nosso carinho uma saudade presente
Onde nos quedamos
Nossa cumplicidade, um reino distante
Para onde fugimos
Nosso carinho um luar reluzente
Onde brilhamos
Nosso querer, um encantador jardim
Onde nos sentamos
Nosso amor, uma verdade sem fim
Onde nos perdemos
//…,M.aria I.sabel M.achadinho
DAVID MARQUES
08 a 12 de Fevereiro
Diário
O diário é montículos de desabafos
De lamentos repousados no silêncio
De confissões a um amigo confidente
Revelações do degredo que a vida trás
Sentimentos transmitidos pelo mundo
Emoções incontidas fechadas na alvura
das páginas por macular;
Mas um dia quando aberto
Esvoaçam os desabafos
Escutam-se os lamentos
Revelam-se as confidências
São enxergadas as revelações
Os sentimentos viram saudades
Esgotam-se as emoções…
Então, como torrentes desenfreadas
A caminho do mar revolto
Esbate-se a dúbia candura
Escurece a áurea celeste
O anjo deixa de ser alado
A verdade dá lugar à falsidade
O melhor pano fica maculado
Pela vivência sôfrega e mundana
Onde a pressa é inimiga da perfeição
Em que tudo volta a ser
Tudo aquilo que sempre foi
Tão natural...com a simples vida
E nada nem ninguém
É assim tão especial!
David Marques
ZITA NOGUEIRA
01 a 05 de Fevereiro
INFINITO
Uma invasão de fulgor
Me dominou e eu parei.
Em meu redor, uma paisagem tão bela!
Numa quase miragem me deparei,
À minha volta olhei e admirei.
Em que domínio me encontrei?
Celeste? Talvez sim, ou talvez não.
Terrestre? Talvez sim, ou talvez não.
Mais que um oásis na minha passagem.
E eu caminho sem saber para onde vou,
Talvez fosse o infinito quem me chamou.
E eu segui
Pela vertente da vida,
Pendente
Feliz, assaz contente.
Mas independente.
Paro e inquiro o infinito
E nele não vejo limite,
Sigo em frente,
Não há nada que me afronte,
Neste tão belo horizonte!
Miragem
Oásis de felicidade
Que nesta tarde de sonho
Em jeito de prazer medonho
Surgiu na minha passagem!
E eu caminho
Aceito a tua mão na minha,
Embebecida, perdida
Porque nele pressinto
Ser chegada uma hora de despedida,
Trazida por esta invasão de fulgor
Que aqui me deixou perdida!
Por Zita de Fátima Nogueira
Uma invasão de fulgor
Me dominou e eu parei.
Em meu redor, uma paisagem tão bela!
Numa quase miragem me deparei,
À minha volta olhei e admirei.
Em que domínio me encontrei?
Celeste? Talvez sim, ou talvez não.
Terrestre? Talvez sim, ou talvez não.
Mais que um oásis na minha passagem.
E eu caminho sem saber para onde vou,
Talvez fosse o infinito quem me chamou.
E eu segui
Pela vertente da vida,
Pendente
Feliz, assaz contente.
Mas independente.
Paro e inquiro o infinito
E nele não vejo limite,
Sigo em frente,
Não há nada que me afronte,
Neste tão belo horizonte!
Miragem
Oásis de felicidade
Que nesta tarde de sonho
Em jeito de prazer medonho
Surgiu na minha passagem!
E eu caminho
Aceito a tua mão na minha,
Embebecida, perdida
Porque nele pressinto
Ser chegada uma hora de despedida,
Trazida por esta invasão de fulgor
Que aqui me deixou perdida!
Por Zita de Fátima Nogueira
EDUARDO DE JESUS ALVES
25 a 29 de Janeiro
Cartas de amor
O meu tempo saudoso reparto-o
entre a minha casa e as ruas…
E quando regresso
repito o mesmo gesto,
mesmo sabendo que o carteiro
não deixa no correio cartas tuas!...
O tempo de hoje é tempo de dor,
por isso já não recebo
as tuas saudosas cartas de amor!...
Mas nada me priva da vontade
de sonhar em receber
as cartas que não podes escrever!...
Não se recebem cartas de quem
não as pode escrever do além.
Também já não se redigem
cartas de amor para ninguém,
nem sequer é habitual
mandarem-se cartas ao pai natal!...
E como escrever cartas de amor
caiu em desuso,
mais ninguém, depois de ti,
escreveu cartas dessas para mim!...
Por isso quando volto das ruas
nunca tenho cartas iguais às tuas!...
09-11-2015
Eduardo De Jesus Alves
ANABELA FERNANDES
18 e 19 de Janeiro
Tela de cor
Voam pássaros de mil cores
Suaves e delicados
Pousam na minha janela
Me despertam de manhã
Abro os olhos
Vejos os prados
A natureza esplendorosa
Pinto a tela glamorosa
Com pinceladas de carinho
O amor que advinho
E então sem mais demoras
Abro o coraçáo trancado
Na tela foi desenhado
A cor do meu pensamento
E amanhã ao levantar
Eu os ouça a chilrear
A me virem brindar
Anabela Fernandes
RUI TOJEIRA
11 e 12 de Janeiro
Não sei se é meu este pensar,
mas se não penso, não existo.
E por vezes… tantas vezes
entre reversos e reveses
me despedaço e esmoreço
e se a cara finge e se mascara
é a alma que se abala e pede asilo
e eu já nem sou aquilo que pareço.
Não sei se é o olhar que me anoitece
se é a vida a escorrer por entre os dedos
por entre o quebranto e a incerteza
perdido na moleza em que tropeço
pelo beco de breu que augura sofrimento,
a antecâmara de todos os meus medos
de que o silêncio me estrangule o grito
dos sonhos desenfreados, que não esqueço,
mas que se arrastam enredados no tempo.
(Rui Tojeira)
LÚCIA SARAIVA
DE 04 A 08 DE JANEIRO 2016
AMAR DE MAR
Se me esquecer de ti
ficarei sem alma…
se me esquecesse de mim
ficaria sem ti….
desenrolo o meu olhar no crepúsculo
no fio cortante do horizonte, tão fino…
vagueio pelas marés sem parar
serei a onda, do meu amar de mar
a divagar e para sempre te amar…
Maria Lúcia Saraiva